O “cabouco” da solidariedade está inscrito na natureza biológica do homem. À semelhança de muitos outros seres vivos, o ser humano nasce “prematuro” (a sua sobrevivência exige a intervenção activa dos pais durante vários anos) e só se realiza na vida (enquanto continuidade biológica) através da união com outro ser humano de sexo oposto.
A biologia estruturou a solidariedade, primeira, centrada nos pais (em especial na mãe), portanto na óptica da Família.
Do mesmo modo, o “cabouco” da competição está inscrito na natureza biológica do homem, na medida em que o individuo precisa de assegurar a respectiva sobrevivência e procriação, que se realiza frequentemente contra e ou apesar de… . Ou seja a competição está centrada na óptica do indivíduo adulto.
Consequentemente a solidariedade é, basicamente, intra grupo e a competição inter grupos.
Sobre essas necessidades (enquanto “imposição”) biológicas foram-se estruturando não só a mente humana como a respectiva organização social. Ou seja, sobre aquelas necessidades biológicas, primeiras, estruturaram-se formas progressivamente mais complexas de solidariedade e competição.
Habitualmente fundamenta-se as atitudes de solidariedade ou competitivas em motivações próximas contudo as suas raízes estão lá, na organização biológica do ser humano.
A História é um imenso manancial de informação sobre o como se processou essa evolução, das formas que foi assumindo a solidariedade e a competição na sociedade humana.
A associação entre a solidariedade, no seio da família e do grupo com as mesmas origens (clã, horda, etc.), e a competição muito cedo tomaram forma na História humana: saques, razias, conquista de melhores “espaços”, etc. tomados aos outros – os bárbaros - em benefício de um grupo de iguais (no sentido de distinto desses “outros” –os bárbaros).
A isso seguiu-se, frequentemente, a “conquista” do Governo de povos, previamente subjugados à força, e o surgimento de uma mais clara distinção entre governantes e súbditos (e mesmo escravos). Os primeiros governantes terão sido, na maioria das vezes, etnicamente distintos dos súbditos.
À semelhança do que se observa na evolução biológica, a associação entre solidariedade entre iguais e a competição com os outros pode-se ir transformando e assumir mesmo a forma de simbiose quando esta relação deixa de implicar a destruição do outro e se torna suficientemente contínua ou periódica. No fundo a simbiose surge por imperativo da proximidade e da correspondente relação.
Está-se como que perante uma fusão entre os interesses solidários de alguns e as consequências da respectiva imposição aos outros. A chave e a fechadura como que se auto constroem nessa relação.
A solidariedade entre iguais e a competição com os outros cede lugar a relações simbióticas cada vez mais complexas, em que as deslocações verticais e horizontais entre iguais e outros aumentam progressivamente com o tempo e com a consciência das vantagens derivadas da especialização funcional na sociedade respectiva.
A História mostra que normalmente essa relação começa por ser imposta (à força, física e ou ideológica) por uma das partes sobre a outra, embora esta beneficie de algum modo dessa relação (primariamente o direito à vida e “protecção”). A isso não é estranho (aliás, é-lhe complementar) o desarmamento dos súbditos e as restrições à liberdade (de informação, deslocamento, associação, etc.)
Ainda hoje a actuação das Máfias assegura “protecção” de modo muito semelhante e os Governos “promovem” a “protecção” (no emprego, na reforma, na saúde, contra os inimigos, etc.; às vezes até criando “inimigos” e “medos” imaginados).
A noção de Nação (como agrupamento bastante mais alargado de iguais – eventualmente, cidadãos) e a noção de direitos, universais, de igualdade entre os homens são conceitos muito recentes na história humana.
A escravatura não foi ainda totalmente abolida no Planeta e o século XX foi marcado por fortes combates anti racistas. Aliás, ainda hoje alguns desses conceitos de igualdade universal não são “aceites”, na prática, em todo o Planeta, sendo um bom exemplo as actuais guerras étnicas e os sistemas políticos ditatoriais. O dito “confronto” entre Civilizações está na ordem do dia.
Mas mesmo nas sociedades humanas aonde esses valores, ditos universais, são aceites; o “cabouco” biológico (mais propriamente bio – social) da Solidariedade (intra grupo) e o “cabouco” da Competição (inter grupo) continuam a operar activamente. A expressão “interesses Corporativos” exprime muito bem essas relações.
O conceito de solidariedade alargada a grandes comunidades humanas para além da Nação também se está ainda a construir. São exemplo as Nações Unidas, a União Europeia, etc.
Portanto desde a origem do homem histórico (até aonde é possível fazer-lhe a história) até aos nossos dias, o conceito e a prática da solidariedade e as formas e “normas” da competição evoluíram imenso. Contudo os caboucos biológicos estão lá e os interesses simbióticos de todos perante todos é cada vez maior e, felizmente, cada vez mais conscientes.
Sem dúvida que, no Ocidente, as Igrejas Cristãs tiveram um papel essencial (ou mesmo decisivo) no alargamento do conceito de solidariedade a grupos humanos cada vez mais vastos e etnicamente distintos ao considerar, nomeadamente, que todos os homens são filhos do mesmo Pai – Deus. De igual modo influenciaram a competição inter grupos e muitas das formas em que se foi estruturando.
As modernas sociedades democráticas são exemplos deste estádio último (sob o ponto de vista cronológico) de evolução dessas relações entre os homens.
A biologia estruturou a solidariedade, primeira, centrada nos pais (em especial na mãe), portanto na óptica da Família.
Do mesmo modo, o “cabouco” da competição está inscrito na natureza biológica do homem, na medida em que o individuo precisa de assegurar a respectiva sobrevivência e procriação, que se realiza frequentemente contra e ou apesar de… . Ou seja a competição está centrada na óptica do indivíduo adulto.
Consequentemente a solidariedade é, basicamente, intra grupo e a competição inter grupos.
Sobre essas necessidades (enquanto “imposição”) biológicas foram-se estruturando não só a mente humana como a respectiva organização social. Ou seja, sobre aquelas necessidades biológicas, primeiras, estruturaram-se formas progressivamente mais complexas de solidariedade e competição.
Habitualmente fundamenta-se as atitudes de solidariedade ou competitivas em motivações próximas contudo as suas raízes estão lá, na organização biológica do ser humano.
A História é um imenso manancial de informação sobre o como se processou essa evolução, das formas que foi assumindo a solidariedade e a competição na sociedade humana.
A associação entre a solidariedade, no seio da família e do grupo com as mesmas origens (clã, horda, etc.), e a competição muito cedo tomaram forma na História humana: saques, razias, conquista de melhores “espaços”, etc. tomados aos outros – os bárbaros - em benefício de um grupo de iguais (no sentido de distinto desses “outros” –os bárbaros).
A isso seguiu-se, frequentemente, a “conquista” do Governo de povos, previamente subjugados à força, e o surgimento de uma mais clara distinção entre governantes e súbditos (e mesmo escravos). Os primeiros governantes terão sido, na maioria das vezes, etnicamente distintos dos súbditos.
À semelhança do que se observa na evolução biológica, a associação entre solidariedade entre iguais e a competição com os outros pode-se ir transformando e assumir mesmo a forma de simbiose quando esta relação deixa de implicar a destruição do outro e se torna suficientemente contínua ou periódica. No fundo a simbiose surge por imperativo da proximidade e da correspondente relação.
Está-se como que perante uma fusão entre os interesses solidários de alguns e as consequências da respectiva imposição aos outros. A chave e a fechadura como que se auto constroem nessa relação.
A solidariedade entre iguais e a competição com os outros cede lugar a relações simbióticas cada vez mais complexas, em que as deslocações verticais e horizontais entre iguais e outros aumentam progressivamente com o tempo e com a consciência das vantagens derivadas da especialização funcional na sociedade respectiva.
A História mostra que normalmente essa relação começa por ser imposta (à força, física e ou ideológica) por uma das partes sobre a outra, embora esta beneficie de algum modo dessa relação (primariamente o direito à vida e “protecção”). A isso não é estranho (aliás, é-lhe complementar) o desarmamento dos súbditos e as restrições à liberdade (de informação, deslocamento, associação, etc.)
Ainda hoje a actuação das Máfias assegura “protecção” de modo muito semelhante e os Governos “promovem” a “protecção” (no emprego, na reforma, na saúde, contra os inimigos, etc.; às vezes até criando “inimigos” e “medos” imaginados).
A noção de Nação (como agrupamento bastante mais alargado de iguais – eventualmente, cidadãos) e a noção de direitos, universais, de igualdade entre os homens são conceitos muito recentes na história humana.
A escravatura não foi ainda totalmente abolida no Planeta e o século XX foi marcado por fortes combates anti racistas. Aliás, ainda hoje alguns desses conceitos de igualdade universal não são “aceites”, na prática, em todo o Planeta, sendo um bom exemplo as actuais guerras étnicas e os sistemas políticos ditatoriais. O dito “confronto” entre Civilizações está na ordem do dia.
Mas mesmo nas sociedades humanas aonde esses valores, ditos universais, são aceites; o “cabouco” biológico (mais propriamente bio – social) da Solidariedade (intra grupo) e o “cabouco” da Competição (inter grupo) continuam a operar activamente. A expressão “interesses Corporativos” exprime muito bem essas relações.
O conceito de solidariedade alargada a grandes comunidades humanas para além da Nação também se está ainda a construir. São exemplo as Nações Unidas, a União Europeia, etc.
Portanto desde a origem do homem histórico (até aonde é possível fazer-lhe a história) até aos nossos dias, o conceito e a prática da solidariedade e as formas e “normas” da competição evoluíram imenso. Contudo os caboucos biológicos estão lá e os interesses simbióticos de todos perante todos é cada vez maior e, felizmente, cada vez mais conscientes.
Sem dúvida que, no Ocidente, as Igrejas Cristãs tiveram um papel essencial (ou mesmo decisivo) no alargamento do conceito de solidariedade a grupos humanos cada vez mais vastos e etnicamente distintos ao considerar, nomeadamente, que todos os homens são filhos do mesmo Pai – Deus. De igual modo influenciaram a competição inter grupos e muitas das formas em que se foi estruturando.
As modernas sociedades democráticas são exemplos deste estádio último (sob o ponto de vista cronológico) de evolução dessas relações entre os homens.