De facto muito do conhecimento que se pensa deter da realidade social continua ao nível da interpretação do que se fazia, há muitos séculos atrás, em algumas outras áreas do conhecimento.
Não deixa de ser verdade que o “conhecimento” se inicia primariamente ao nível das sensações que nos são transmitidas pelos nossos sentidos. E sem dúvida que no caso vertente: o Sol anda em torno da Terra.
É essa a (ilusão da) informação que chega aos nossos sentidos e é essa a interpretação primária (no sentido de “primeira”) que fazemos dessa informação.
Isso não significa porém que o conhecimento primário não seja suficiente para “satisfazer” grande parte das necessidades “diárias” das sociedades humanas.
Durante milénios o homem viveu só com esse saber primário e ainda hoje a maioria das pessoas de grande parte do planeta só detém este tipo de conhecimento.
E apesar dos esforços realizados ao longo nos últimos anos o nível de conhecimentos relativos às áreas sociais continua muito próximo da do saber primário.
Tal estado de coisas não é de admirar uma vez que o conhecimento do “social” lida com Sistemas Complexos Adaptativos, nos quais dificilmente se conseguem aplicar os modelos de análise das ciências exactas. Nomeadamente as relações de causa – efeito não só envolvem normalmente muitas variáveis, difíceis ou impossíveis de isolar, umas das outras como os efeitos retroagem sobre as causas.
Sem dúvida que as ciências sociais há muito que lidam com esta dificuldade e têm procurado recorrer a métodos que proporcionem alguma abordagem que lhes permita entender o que está para lá da “descrição” dos “factos” e tentem “isolar” o observador do objecto de observação.
Contudo o “facto” de se saber que se lida com Sistemas Complexos Adaptativos deveria ser suficiente para levar a uma atitude suficientemente cuidada quando se reflecte sobre a realidade social, qualquer que ela seja, porque a probabilidade de se ver “o Sol girar em torno da Terra” é com certeza aí muitíssimo elevado.
Quando o nível de comentários dos “especialistas” das respectivas áreas do conhecimento é idêntico ao do “homem da rua”, quando os problemas sociais repetitivamente descritos e “resolvidos” persistem em manter-se é quase certo que estamos a ver “o Sol girar em torno da Terra”.
E quando o cidadão, por ser “eleito” ou “por ser o que mais se faz ouvir”, passa a ser especialista e a ditar as “regras”, então seguramente “o Sol gira em torno da Terra” e a ciência deixou de o ser.
E seguramente o Sol girará para iluminar mais uns que outros.
Mas isso não é mais do que um dos aspectos a ter em atenção no Método quando se estuda e procura interpretar este Sistemas Complexo Adaptativo que é a Sociedade Humana.
Não deixa de ser verdade que o “conhecimento” se inicia primariamente ao nível das sensações que nos são transmitidas pelos nossos sentidos. E sem dúvida que no caso vertente: o Sol anda em torno da Terra.
É essa a (ilusão da) informação que chega aos nossos sentidos e é essa a interpretação primária (no sentido de “primeira”) que fazemos dessa informação.
Isso não significa porém que o conhecimento primário não seja suficiente para “satisfazer” grande parte das necessidades “diárias” das sociedades humanas.
Durante milénios o homem viveu só com esse saber primário e ainda hoje a maioria das pessoas de grande parte do planeta só detém este tipo de conhecimento.
E apesar dos esforços realizados ao longo nos últimos anos o nível de conhecimentos relativos às áreas sociais continua muito próximo da do saber primário.
Tal estado de coisas não é de admirar uma vez que o conhecimento do “social” lida com Sistemas Complexos Adaptativos, nos quais dificilmente se conseguem aplicar os modelos de análise das ciências exactas. Nomeadamente as relações de causa – efeito não só envolvem normalmente muitas variáveis, difíceis ou impossíveis de isolar, umas das outras como os efeitos retroagem sobre as causas.
Sem dúvida que as ciências sociais há muito que lidam com esta dificuldade e têm procurado recorrer a métodos que proporcionem alguma abordagem que lhes permita entender o que está para lá da “descrição” dos “factos” e tentem “isolar” o observador do objecto de observação.
Contudo o “facto” de se saber que se lida com Sistemas Complexos Adaptativos deveria ser suficiente para levar a uma atitude suficientemente cuidada quando se reflecte sobre a realidade social, qualquer que ela seja, porque a probabilidade de se ver “o Sol girar em torno da Terra” é com certeza aí muitíssimo elevado.
Quando o nível de comentários dos “especialistas” das respectivas áreas do conhecimento é idêntico ao do “homem da rua”, quando os problemas sociais repetitivamente descritos e “resolvidos” persistem em manter-se é quase certo que estamos a ver “o Sol girar em torno da Terra”.
E quando o cidadão, por ser “eleito” ou “por ser o que mais se faz ouvir”, passa a ser especialista e a ditar as “regras”, então seguramente “o Sol gira em torno da Terra” e a ciência deixou de o ser.
E seguramente o Sol girará para iluminar mais uns que outros.
Mas isso não é mais do que um dos aspectos a ter em atenção no Método quando se estuda e procura interpretar este Sistemas Complexo Adaptativo que é a Sociedade Humana.
1 comentário:
Muito bom. Estarei atento ao desfiar de dissertações deste Blog de nome muito sugestivo e actual.
Marco Silva
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